sábado, 19 de setembro de 2015

5º Concurso Jovem Escritor com "Ricardo Ramos Filho"





5º Concurso Jovem Escritor
"Mais que um evento cultural, o Concurso JOVEM ESCRITOR, mantém uma relação orgânica com nossa juventude. Mas, talvez e, talvez não estejamos errados, neste comentário, O QUE DE MAIS SENSACIONAL E DE GRANDE REPERCUSSÃO NA VIDA DOS JOVENS ESCRITORES É PROPORCIONAR-LHES UM PROTAGONISMO CRIATIVO, ESPONTÂNEO E UM SENSO DE CRITICIDADE MARAVILHOSO..."

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Intermitência e Sebastianismo no Brasil





Como a Inconstância - Intermitência - e o Sebastianismo - a busca por um "Salvador da Pátria" - se revelam, não só nas Manifestações, mas também no dia-a-dia da população brasileira...

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Happy Holi - MACEIÓ



A Festa Mais Alegre e Colorida do Mundo... Lindo... Fantástico... Muita
Gente Bonita... Jovens, Adultos e Família... E Um "ColorBlast" Que Nos
Levava à Loucura...

domingo, 6 de outubro de 2013

“A DIVINA COMÉDIA DA VIDA PÚBLICA PALMEIRENSE III”

Fonte: Foto O Inferno de Dante http://www.officinaartium.org/rios_do_inferno.html
  O filósofo estadunidense Marshall Berman em seu livro "Tudo que é Sólido Desmancha no Ar: a aventura da modernidade", diz o seguinte sobre o nosso tempo:

“O mundo da via expressa, o meio ambiente moderno que surgiu após a Segunda Guerra Mundial, atingiria o pináculo de poder e autoconfiança nos anos 60(...) Os fomentadores e adeptos do mundo da via expressa o apresentavam como o único mundo moderno possível: opor-se a eles e a suas obras era opor-se à própria modernidade, fugir à história e ao progresso, tornar-se um ludita, um escapista, um ser temeroso da vida e da aventura, da transformação e do crescimento. Essa estratégia pareceu eficaz porque, na realidade, a vasta maioria dos homens e das mulheres modernos não pretende resistir à modernidade: eles sentem a sua excitação e creem na sua promessa, mesmo quando se veem em seu caminho.”


    A Modernidade tinha suas exigências e as pessoas só a seguiam e a seguem, nada mais. A Modernidade era e é "necessária", ou melhor, se impõe como necessária, uma vez que os anseios e pretensões, também, exigiam e exigem tal afirmação. Dessa forma, percebemos que nessa sociedade em que vivemos muito mais importa "o presente contínuo, o consumismo e a velocidade", o mundo da via expressa - do que o mundo concreto, real. Fugir ao progresso? “Nem pensar”! Quanto mais o novo se apresenta mais e mais mudanças exige para a sociedade, mesmo que estas mudanças não passassem de uma fantasia ingênua e irrealizável.
    E, às vésperas das Eleições Gerais - que acontecerão em 2014 - o consumo agora é outro... É a “valorização”. É por isso que, quando os homens e mulheres não aprenderem a saírem da zona de conforto, porque vivem numa via expressa contínua, consumindo imagens e adorando seres que só se lembram deles a cada quatro anos - e valorizam mais aos outros que a si próprios - vai sempre aparecer outros homens e mulheres dispostos a "ajuda-los", e a tomar as decisões por eles, não para eles.
    Em pleno século XXI, vivemos ainda numa idolatria às classes dominantes. Pobres não votam em pobres. Mas em senhores e senhoras Feudais, que possuem suas terras, suas sestas básicas, suas vontades, suas esperanças, seu voto e até suas vidas. Somem-se a isso os sorrisos largos, os afagos, abraços e aos discursos populistas. Como elucidou George Orwell em sua obra-prima, A Revolução dos Bichos – um libelo contra a alienação e uma crítica ferrenha ao totalitarismo stalinista no século XX:“... À verdade é que o povo sempre (grifo nosso) estava de acordo com, aquele que falava no momento.” As pessoas estão acostumadas a esquecerem das coisas importantes, tão rápido quanto à necessidade que elas mesmas têm de viver a modernidade.
    Numa sociedade onde invertemos um dos princípios que norteia nossa Carta Magna, porque colocamos o particular acima do coletivo, trocamos nossa liberdade por favores e promessas. Onde quem nos representa é um reflexo de quem ou do que nos tornamos. Pois, se a política e o Brasil estão feios... Se Palmeira dos Índios e nosso Estado estão feios é porque nós somos feios. Ou talvez porque já não mais nos reconhecemos, como nas últimas linhas da Revolução dos Bichos: “As criaturas de fora olhavam de um porco para um homem, de um homem para um porco e de um porco para um homem outra vez; mas já se tornara impossível distinguir quem era homem, quem era porco.” Por isso mesmo o jargão do jornalista e escritor/historiador Eduardo Bueno é tão oportuno:“POVO QUE NÃO CONHECE A SUA HISTÓRIA ESTÁ CONDENADO A REPETI-LA”. E alguém já se perguntou: qual sua participação, nos últimos quatro anos, com agente histórico, político, como cidadão?
    Quantos de nós acompanhamos as sessões - semanais - de nossa casa legislativa? Ou como o poder executivo tem agido em nossa cidade... Ou melhor, quantos de nós estamos mudando por dentro. Pois há séculos Heráclito nos advertiu, dizendo: O CARÁTER DO HOMEM É O SEU DESTINO. Como pedir por mudanças e melhorias quando nós mesmos não mudamos, tão pouco nos tornamos pessoas melhores?Assumir a responsabilidade é começar a mudar... Aguentar as consequências é aprender que nossos atos sempre se voltam para nós... Aprender é demonstrar empenho e é abrir mão de nossos desejos, por algo mais importante... Mudar é mostrar aos outros que - antes de falarmos - nossos atos já dirão aos outros quem nós somos...
    Para que não sejamos eternamente reféns da estupidez, como nos alertou Aristófanes:
A juventude envelhece...
A maturidade é superada...
A ignorância pode ser educada...
A embriaguez passa...

domingo, 22 de abril de 2012

“POVO QUE NÃO CONHECE A SUA HISTÓRIA ESTÁ CONDENADO A REPETI-LA”

  No Show de Bob Dylan, em Brasília, depois de encontrar e conversar com o Jornalista, Escritor e Historiador Eduardo Bueno, eu fiz a seguinte pergunta: Eduardo, de historiador para historiador, "Por que precisamos estudar História?"... A resposta foi um barato... De escândalos de "cachoeira" à cascatas e desvios, a responsabilidade é nossa!!! Assistam ao vídeo:

       Nesta mesma linha de pensamento, o historiador inglês Eric Hobsbawm evidencia que os acontecimentos públicos fazem parte de nossas vidas, mesmo quando não os vivenciamos. Não entendermos esse processo é o mesmo que incorrermos naquilo a que o próprio Hobsbawm denomina como destruição do passado “ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experiência pessoal à das gerações passadas”. Para o historiador:

"Quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem. Por isso os historiadores, cujo ofício é lembrar o que os outros esquecem, tornam-se mais importantes... Por esse mesmo motivo, porém, eles têm de ser mais que simples cronistas, memorialistas e compiladores. (...) Os acontecimentos públicos são parte da textura de nossas vidas. Eles não são apenas marcos em nossas vidas privadas, mas aquilo que formou nossas vidas, tanto privadas como públicas."

          Por isso mesmo o jargão é ainda tão oportuno: “POVO QUE NÃO CONHECE A SUA HISTÓRIA ESTÁ CONDENADO A REPETI-LA”.
Como disse Paulo Freire: PRECISAMOS APRENDER HISTÓRIA PARA PODER FAZÊ-LA E DEPOIS, POR ELA, SERMOS FEITOS... 




Citações bibliográficas
[1]  HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. 2ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.  p. 14.

sexta-feira, 23 de março de 2012

É HORA DE REVOLUCIONAR-SE

Fonte: http://artigosdehistoria.blogspot.com.br/2010/10/informacao-esta-formando.html

Nas últimas eleições, na sala de aula, alguns alunos me perguntaram sobre o Voto, Política, Políticos, Educação, entre outros... Lembro que lhes falei para não confundirem a Política, a ciência, com a politicagem, pois são coisas distintas, a primeira é fantástica, e em conjunto com a Educação, nos humaniza... Mas a falta delas é um retrato da situação atual... Fruto de nossa omissão... 
Então, quando respondi sobre o Voto eu disse-lhes que eles (nós) deveriam votar em “si mesmos” – Ficaram zombando de mim – Expliquei-lhes que, na verdade, estava dizendo que quando fossem votar, deveriam votar pensando em quais papeis desempenhariam nesse processo democrático... Não deveriam votar, colocar sua confiança no outro e não fazer mais nada, o que corriqueiramente acontece, mas deveriam atuar constantemente, como se fossem eles próprios (e o são) quem lá estivesse, para fiscalizar e intervir, para melhorar a sociedade... Por fim, alguns disseram: Ah! professor! A gente até que tenta mudar as coisas, mas elas nunca mudam - os políticos nunca mudam!... Então retruquei: Lembrem-se, quando não puderem fazer mais nada para mudar a situação, ainda assim, poderemos mudar alguma coisa, poderemos mudar a NÓS mesmos... E esta é a mais importante mudança que precisamos buscar... Porque, dentre tantas coisas que podemos fazer por nós mesmos, está mudança não depende de mais ninguém, apenas de nós...
E quando se fala em Mudanças, é preciso haver uma “Revolução”. Lembro que, pensar em mudanças, nunca foi e não será fácil, pois romper com as estruturas de uma sociedade é uma batalha que poucos povos intentaram, e mais poucos ainda, foram os resultados... A Revolução Francesa, bem, veio depois da Independência Americana, na qual já pregava os direitos universais... A Russa, foi num momento em que o país estava ainda nos sistemas de feudos e abril caminho para o regime totalitário Stalinista, ruindo por completo em 1989. Em Cuba, que ficou isolada, foi muito boa para quem ficou no poder, mas o próprio Che saiu de lá... Acredito que não se contentou com a ditadura que Fidel iria impor por mais de 50 anos... Sem falar que, voltando à Revolução Francesa, que abriu espaço pra Napoleão intentar conquistar o mundo a ferro e fogo... 
Eu Vejo, nesses processos, uma Revolução que deu Certo, a Americana, mas mesmo assim com reservas, porque o que dá certo lá fora, necessariamente, não indica que dará por aqui também... Lá se instalou um regime democrático que passados mais de 200 anos, as pessoas ainda acreditam e confiam... Acho que nós precisamos fazer nossa revolução sem ter que se espelhar nos outros... Somos diferentes em muitos aspectos (social, cultural, econômica e educacionalmente). Mas refletir sobre tais mudanças é incorrer por caminhos espinhosos... Na música Ícone dos anos de chumbo, de Sérgio Sampaio, o refrão ainda precisa ecoar:
Eu quero é botar meu bloco na rua
Brincar, botar pra gemer
Eu quero é botar meu bloco na rua
Ginga pra dar e vender!!!
 
    Penso que precisamos Fazer Tal Revolução (a começar pela EDUCAÇÃO, por nós MESMOS); mas numa revolução que transforme e limpe nossa alma do medo, do terror, da preguiça, do desleixo... "Política E Educação", ambas precisam uma da outra e neste processo a revolução armada já não está no contexto (espero que por um bom tempo). Precisamos nos armar com Conhecimento, Caráter, Honestidade, Trabalho, Respeito, Virtude, Serviço... Senão, vamos trilhar os caminhos dos revolucionários franceses que, depois da carta de Direitos do Homem, dentre esses declarava que a "educação era direito de todos" (bem, todos que podiam pagar pela a educação), começando, assim, a separar o povo (as massas) da aristocracia... Quando chegar o dia em que nossa sociedade enxergar nossos representantes como sujeitos que estão para nos representar, para trabalhar em nosso favor (não para fazer favores), para emanar os anseios da sociedade, com a participação direta nossa... Não precisaremos mais, parafraseando Paulo Freire: APRENDER POLÍTICA PARA PODER FAZÊ-LA E DEPOIS, POR ELA, SERMOS FEITOS... Ou talvez sim, precisemos Mudar sempre... A NÓS MESMOS... 
(By Edmilson Sá)